A Lei Paulo Gustavo (LPG) se consolidou como um marco histórico no investimento cultural brasileiro, com a execução de R$ 3,93 bilhões, equivalente a 95% dos recursos repassados pelo Governo Federal. Com um total de R$ 4,1 bilhões disponíveis — incluindo rendimentos bancários —, a LPG se tornou um poderoso motor para o fortalecimento da atividade cultural no país, abrangendo diversas manifestações artísticas, desde o audiovisual até a música e as artes digitais. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destaca que a lei não apenas fomenta a cultura, mas também promove o desenvolvimento econômico e social, gerando emprego e dignidade.
As 27 unidades da Federação e o Distrito Federal receberam coletivamente mais de R$ 2,02 bilhões, dos quais 97,5% foram executados. Entre os estados, o Nordeste foi a região que mais recebeu, com R$ 1,16 bilhão, seguido pelo Sudeste, com R$ 1,45 bilhão. O Espírito Santo, Paraná e Goiás se destacaram por utilizarem integralmente os recursos, enquanto São Paulo foi o estado que mais investiu, com R$ 381,17 milhões aplicados. Apenas Mato Grosso e Rondônia executaram menos de 90% dos recursos disponíveis.
Nos municípios, 5.398 das 5.570 cidades brasileiras (96,9%) foram contempladas com R$ 1,83 bilhão, e 78,9% dessas localidades utilizaram mais de 80% dos recursos. Entre as capitais, 25 das 27 cidades executaram mais de 90% dos valores recebidos, com destaque para Rio Branco, Curitiba e Vitória, que quase esgotaram seus recursos. O município do Rio de Janeiro, por exemplo, obteve um retorno significativo, com cada R$ 1 investido gerando R$ 6,51 em retorno econômico, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A Lei Paulo Gustavo, aprovada durante a pandemia de Covid-19 em homenagem ao artista Paulo Gustavo, representa não apenas um esforço de recuperação para o setor cultural, mas também um compromisso com a diversidade e a inclusão cultural em todo o Brasil.